Transforme-se em um Santuário para D’us

Como você se sente quando é convidado a participar de um ato de generosidade e de doação? Você participa de maneira altruísta ou apenas porque a situação do momento exige?

“Quem é pego pelo fascínio material da vida, dificulta a presença de D’us quer seja no seu espaço físico ou espiritual”.

A Parashá Terumá nos conta a história de como o povo Judeu havia sido liberto da escravidão de longos anos no Egito… e como naquele momento haviam recebido a oportunidade e o privilégio de reconstruir a sua identidade. Deixaram de ser escravizados, oprimidos, silenciados, ofuscados e se tornaram uma nação livre, com abundância em riqueza e escolhida dentre todas.

Seus status se transformou de escravos para um povo de liderança entre as nações daquela época, onde seu D’us se manifestava visivelmente e a favor do seu povo causando pavor entre as nações vizinhas.

Portanto esse D’us desejava algo mais, desejava habitar entre eles e fazer desse povo o modelo para todas as nações, e o primeiro passo já havia sido dado, que foi estabelecer as leis “os 10 preceitos” no monte Sinai os quais foram repassados para Moisés e entregue ao povo através dele, essa grande nação Israel, se comprometeu prontamente em seguir fielmente esses preceitos, porém para D’us não era o suficiente, esse D’us desejava habitar no meio deles e todos foram convidados a participar para que fosse construído um espaço físico e para tal seria necessário que houvesse a participação de cada um segundo o que estivesse proposto em seus corações.

Apesar de terem acabado de se tornar livres, D’us colocara imediatamente esse desafio diante deles.

Provavelmente não seria uma escolha tão fácil, visto que a natureza de um escravo não é ser um doador ou um tomador de decisões, no entanto, ainda que estivessem passando pelo deserto em condições desfavoráveis respondeu positivamente a esse desafio, pois eles conheciam intimamente o que era não ter nada literalmente e quando viram-se diante de tal oportunidade, logo agarraram a chance  e se prontificaram em ajudar.

Esse foi o verdadeiro sinal de sua liberdade e acima de tudo um vislumbre da sua humanidade que a escravidão tentou apagar da sua identidade, eles doaram tanto que Moisés teve que dizer para eles pararem.

Fazer o bem nos ajuda a nos sentirmos bem.

As mulheres daquele povo naquela situação específica tiveram uma influência fundamental para que tudo ocorresse da maneira como ocorreu.

Nós as mulheres de hoje não somos diferentes, desempenhamos uma tarefa especial diariamente, estamos a todo o instante nos doando, quer seja no nosso lar, no trabalho ou na sociedade, temos um papel significativamente influenciador tanto na formação do caráter de nossos filhos bem como em proporcionar a paz no ambiente em que vivemos e que frequentamos, isso aumenta a nossa felicidade assim como proporcionamos o aumento da felicidade no mundo. Essa doação é uma maneira nobre de observar as Mitsvot permitindo que a nossa alma prospere e fortaleça o nosso relacionamento com D’us. 

Ações criam mudanças internas e o convite feito pelo Eterno ao povo Judeu para que participassem da construção do Mishcan nos ensina que podemos melhorar nossos sentimentos por meio das nossas ações.

Que sejamos inspiração assim como como foi e tem sido o povo Judeu ao longo dos séculos, embora estivessem em um ambiente desfavorável aos seus olhos “O deserto “, não exitaram em colaborar para que fosse possível a presença de D’us habitar no meio deles.

Hoje também somos desafiados constantemente a transformar uma vida secular e sem propósito em um santuário construído diariamente para D’us.

Fabiane Braga🌻